A estrada é a jornada

Para muitos ciclistas, começar a pedalar na cidade às vezes não basta. O eterno ir e vir urbano torna-se pouco. Quatro amigos se propuseram um desafio de 3.000 km. Ir de Florianópolis a Valparaíso no Chile, do oceano Atlântico ao Pacífico.

A travessia pela travessia. A jornada é crucial para reflexão. É como se voltássemos ao século XII, época das peregrinações religiosas, as tais cruzadas. O meio de transporte muda mas a sensação de descobrimento e a quebra de paradigmas se mantêm intactas.

O partir sempre me remetia a algo bastante simbólico mas a relativização de conceitos e idéias começou antes do que imaginava. Ir, chegar, estar e passar foram algumas das muitas palavras que ganharam grande espaço de reflexão durante a jornada.

Leia a íntegra do relato no site do Clube de Cicloturismo.

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Criatividade e experiências pessoais

Um leilão na internet é uma boa maneira de comprar e vender algum produto usado. Bicicletas por exemplo. Mas muitas vezes uma bicicleta usada carrega consigo uma história e momentos importantes na vida do ciclista.

Uma bicicleta pode ser só uma bicicleta, ou as histórias que giram ao redor dela. Publicitários australianos resolveram testar o valor de uma história criativa e fictícia. Deu certo e o resultado está no vídeo abaixo.

Fica a reflexão sobre o preço que pagamos por objetos inanimados que servem para o transporte. É verdade que uma bicicleta pode ser bem mais que uma bicicleta, mas histórias fictícias sobre objetos inanimados são capazes de distorcer nossos valores. Por isso é sempre importante perguntar se estamos comprando histórias ou objetos de uso cotidiano e quanto vale cada um.

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O fim da contagem…

Bicicletas em BH

e o começo.

Em breve o relatório com todos os números. E agora na quinta-feira, 15, outra contagem. Dessa vez no centro da cidade, na rua professor Moraes, perto da Savassi.

Todas as contagens estão sendo feitas em vias que irão ter melhorias cicloviárias em breve. A idéia é que um ano depois de implementada a infraestrutura, seja feita uma nova contagem.

Para conhecer mais sobre o plano cicloviário de Belo Horizonte, visite o Pedala BH, na página da BHTrans.

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Para relembrar um domingo sustentável

Palestra Kreatori

O Kreatori é um coletivo de artes relativamente novo que mantém uma casa em Laranjeiras, no Rio. Uma vez por mês acontece o domingo sustentável onde alguma atividade é realizada ou apresentada. A Recicloteca já esteve presente e em março foi a vez da Transporte Ativo.

Após uma apresentação tradicional sobre bicicletas e a Transporte Ativo, o momento interativo foi maravilhoso. Diferentes ciclistas foram a frente contar sobre suas bicicletas e sobre suas experiências nas pedaladas cotidianas. Nem sempre dá pra contar com tantos colaboradores para incrementar a palestra, mas é uma boa idéia passível de repetição em outros momentos.

Os ciclistas que contaram suas histórias foram:

Palestra Kreatori
Erica Sepulveda que pedala uma bicicleta urbana feminina e claro com seu vestido. Um pouco de arte e feminilidade em movimento.

Palestra Kreatori
Ramon Nogueira levou sua Dahon Jetstream que usa para ir ao trabalhar todos os dias. Para compor o modelo, estava com roupa de trabalho em pleno domingo.

Palestra Kreatori
Eduardo Bernhardt foi o próprio homem Audax com toda a indumentária para cumprir esses longos desafios não competitivos.

Palestra Kreatori
Daniel Uran levou sua reclinada D5 projetada e desenvovlvida por ele mesmo.

Palestra Kreatori
Antônio Olinto, grande cicloturista, soltou o verbo e compartilhou detalhes de suas viagens.

Para complementar, algumas fotos do evento em um vídeo:

Saiba mais sobre o Coletivo Kreatori.

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Sob a luz da Lua

A madrugada é capaz de maximizar os efeitos positivos e viciantes de ser ciclista. Lançar-se nas ruas e avenidas tranquilas da madrugada é sentir o silêncio da noite e apreciar a liberdade dentro do espaço de circulação que durante outros horários parece sempre apertado e por vezes até um grande estacionamento.

A noite permite ao ciclista olhar para uma grande e ampla avenida e em silêncio voar por ela. Discretamente fluir tendo à frente a amplitude urbana. É possível abrir os braços e sentir que há apenas o vento. A mente ilude o corpo a acreditar no voo imaginário que é pedalar sem barreiras. E então, a bicicleta simplesmente deixa de existir.

Quando a bicicleta se torna apenas um simples instrumento torna-se possível imaginar outras cidades possíveis em que mais silêncio, mais conversas, mais interação e mais prazer possam acontecer sobre as mantas de asfalto que revestem o espaço de circulação urbano.

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