Comunicação em prol da mobilidade

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A mobilidade sustentável e a readequação das cidades brasileiras acaba de ganhar um incentivo a mais.

ITDP (Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento) lança o 1o Prêmio de Jornalismo de Mobilidade Urbana Sustentável. A iniciativa irá premiar jornalistas brasileiros que publicaram matérias que buscaram “conscientizar as pessoas sobre a necessidade de melhorar a qualidade de vida nas grandes cidades, por meio de políticas adequadas de transporte sustentável.”

Jornalistas deverão inscrever suas reportagens entre os dias 15 de maio e 15 de julho de 2013 através do email premio@itdp.org. O material inscrito deve ter sido publicado em meios de grande circulação nacional ou regional, entre 1 de janeiro de 2012 e 14 de julho de 2013, no Brasil.

Os inscritos serão selecionados por um comitê de especialistas que irá escolher 3 finalistas. Dentre os três haverá um vencedor e duas menções honrosas. O jornalista escolhido ganhará uma viagem para Nova Iorque para participar de uma visita técnica às iniciativas de mobilidade sustentável em outubro de 2013.

As melhores cidades do mundo para pedalar

O índice Copenhagenize de cidades amigas da bicicleta

O índice Copenhagenize de cidades amigas da bicicleta

Pela segunda vez o pessoal do Copenhagenize Consulting divulgou o ranking das melhores cidades do mundo para se pedalar. O Rio de Janeiro subiu no ranking (está em décimo sexto) e aparece em segundo entre as cidades das Américas, atrás de Montreal.

Mais do que um atalho para que as cidades e seus habitantes se vangloriem, o ranking busca apresentar caminhos do sucesso até aqui e o que pode ser melhorado.

O Rio de Janeiro segue rumo a ser uma capital mundial da bicicleta, a rede cicloviária aumenta, o número de ciclistas nas ruas cresce ano após ano e mesmo com o aumento na rigidez nos critérios, a nota da cidade subiu de 47 para 56 no ranking da Copenhagenize, certamente uma grande conquista.

Mas está nas recomendações, boas luzes sobre o que ainda falta na trajetória carioca. Em primeiro lugar, medidas de segurança viária, com uma redução do absurdo limite 70 km/h na orla, aumento das zonas 30 além de intervenções de moderação de tráfego, ou traffic calming.

Além disso, o Rio precisa fazer o esforço de priorizar sempre o transporte público e os transportes ativos (pedestres, ciclistas, skatistas, patinadores, etc.) para evitar chegar ao caos e à (i)mobilidade urbana que assola São Paulo com mais gravidade do que a capital fluminense.

Leia mais sobre o Copenhagenize Index 2013 – Bicycle-Friendly Cities

 

Mapa cicloviário de cara nova

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Em uma parceria com o projeto Novas Cartografias, o Mapa Cicloviário Unificado do Rio de Janeiro foi repaginado. Tudo para ficar mais simples de navegar e contribuir para a construção do mapeamento colaborativo carioca.

A definição do que é o Novas Cartografias, por eles mesmos, é bem simples:

O projeto Novas Cartografias propõe trabalhar o mapeamento como instrumento criativo de reconhecimento, reflexão e ação sobre o território urbano. Com o patrocínio do programa Pró-Design da Prefeitura do Rio de Janeiro, o projeto atualmente desenvolve parcerias e pesquisas sobre mapas participativos que buscam ir além da simples representação do espaço físico da cidade, tendo como foco principal a cidade do Rio de Janeiro.

Perfeito para somar esforços com o que foi e o que é a iniciativa do Mapa Cicloviário Unificado do Rio de Janeiro.

A pedalada coletiva é sempre mais prazerosa e cada ciclista carioca pode dar a sua contribuição ao mapa. E aos que não são cariocas, dá pra criar um mapa na sua cidade também.

222 ciclistas por hora

Em um único cruzamento em Aracaju foram contadas pela CicloUrbano 2.880 ciclistas em 13 horas. A média rima com música do Gilberto Gil, um “expresso” de 222 bicicletas por hora.


Desse expressivo total, 24% parte direto para a Avenida Beira Mar e começa a circular desde cedo, com 323 ciclistas entre 7 e 8h, em todas as direções. Mas o pico maior do cruzamento das Av. Augusto Franco com Av. Gonçalo Rollemberg Leite é no período entre 17 e 18h, com um total de 554 ciclistas.

O levamento já foi repassado as autoridades locais e ajudam a deixar clara a necessidade de garantir a segurança e o conforto dos ciclistas no local. Afinal, apenas 4% das bicicletas eram conduzidas por mulheres, ou 123 ciclistas e como foi constatado no Rio de Janeiro, no treinamento do qual a CicloUrbano participou, infraestrutura cicloviária contribui para a igualdade de gênero no uso da bicicleta.

Os resultados dessa e de outras contagens de ciclistas estão disponíveis aqui.

Um encontro em prol da bicicleta no Brasil

Foto: Luciano Aranha - Ciclourbano

Foto: Luciano Aranha – Ciclourbano

O workshop “A promoção ao uso da bicicleta no Brasil” começou com doze horas de contagem de ciclistas. Foi trabalho, mas também socialização e aprendizado dentre as 15 organizações participantes.

Durante a contagem, foi possível que os participantes pudessem se conhecer e conhecer também um pouco de como a Transporte Ativo trabalha, com simplicidade e eficiência.

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O primeiro dia de palestras começou com a participação do poder público municipal. Conversamos com o secretário Municipal de Transportes Carlos Osório e o subsecretário do Meio Ambiente Altamirando Moraes. Ambos falaram sobre a importância que a bicicleta ganhou nos últimos anos para a cidade e também sobre o papel fundamental que a sociedade civil tem como impulsionadora da mobilidade em bicicleta.

Ainda na manhã do primeiro dia aprendemos sobre a vibração que produz mudanças com o Luiz Felipe Carvalho da PUC-Rio, soubemos como funcionam as parcerias entre organizações do terceiro setor com Clarisse Linke do ITDP-Brasil e por fim Carolina Rivas nos falou sobre como o banco Itaú-Unibanco, patrocionador do evento, forma parcerias com atores relevantes do terceiro setor.

A tarde do primeiro dia foi reservada para a apresentação de quem faz a Transporte Ativo bem como de algumas das metodologias de trabalho.

O segundo dia premiou a todos com as apresentações dos quatro grupos selecionados para participar do workshop com todas as despesas pagas. Eles trouxeram um pouco da sua realidade local e o papel que buscam desempenhar em suas cidades para aumentar o número de ciclistas nas ruas.

Ao final do dia, alguns dos ciclistas fizeram um tour da infraestrutura cicloviária da Tijuca, na Zona Norte do Rio, numa pedalada de aproximadamente 30 quilômetros por ruas, ciclovias e ciclofaixas cariocas.

O evento agora segue, e cabe a cada um dos participantes disseminar aquilo que aprendeu para os ciclistas em suas cidades. Reforçar os caminhos corretos percorridos até aqui e a força que temos juntos para mudar a realidade atual.

A sociedade civil tem uma força fundamental e com foco, parcerias e organização, é capaz de impulsionar as mudanças que tantos querem, e precisam, na realidade das nossas cidades, sem esperar passivamente os esforços governamentais, mas pressionar para que a administração pública abrace cada vez mais a bicicleta.

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Leia como foi a contagem na Figueiredo de Magalhães. Leia a cobertura no portal Mobilize, o relato da Ciclo Urbano e o relato do Kiko Zaninetti – Btt Geraes.