Espaço Compartilhado na Floresta

Estrada Dona Castorina

Meca dos subidores de montanha, cariocas, as estradas Dona Castorina e da Vista Chinesa são rotas bastante utilizadas por ciclistas há muitos anos. As ladeiras íngremes em meio a Mata Atlântica dentro da Floresta da Tijuca atraem atletas amadores, profissionais e muitos turistas. O asfalto que corta a maior floresta urbana do mundo é um grande facilitador para que cariocas e visitantes possam desfrutar e aprender a valorizar esse espaço verde.

O movimento de ciclistas em todas as estradas da Floresta da Tijuca é intenso, a maioria deles está lá por esporte ou por lazer. Nos dias de semana o fluxo é menor, mas aos finais de semana fica bastante movimentado. Por ser uma via estreita de mão dupla e sem calçada, a Estrada da Dona Castorina e a da Vista Chinesa são necessariamente “espaços compartilhados”. No entanto esse conceito ainda é novo tanto para pedestres e ciclistas, quanto principalmente para os motoristas.

A velocidade máxima permitida nas estradas dentro do parque sempre foi de 40km/h ainda que ocasionalmente desrespeitada. A falta de sinalização indicando a presença de ciclistas e existência da faixa divisória de pista, favoreciam um deslocamento mais livre para os automóveis. Para promover a segurança viária e ordenar o uso desse espaço compartilhado, a prefeitura optou por instalar uma nova sinalização horizontal e vertical. Inicialmente serão demarcados os 7,5km do Horto até a Gávea Pequena. Felizmente, a direção do Parque já pediu à Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) que a sinalize todas as áreas do Parque Nacional da Floresta da Tijuca.

Bicicletas aos Montes

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Acontece em Montes Claros (MG), neste domingo 28 de junho, um passeio ciclístico organizado pela Universidade Estadual Unimontes.

Em 2007, a Transporte Ativo elaborou uma proposta concreta para começar a introduzir a bicicleta na política de transporte e mobilidade da cidade. Talvez o projeto saia do papel quando ciclistas e setores atuantes da sociedade aceitarem o desafio de quebrar paradigmas e preconceitos. Nada mais propício do que o ambiente universitário para que isto aconteça.
A Unimontes tem todas as credenciais para discutir e revelar o valor das bicicletas para o trânsito e as pessoas de Montes Claros. Que este Passeio Ciclístico seja o começo deste caminho.

Saúde das Cidades

ANTP Bicicleta

O Seminário Nacional de Política de Transporte Cicloviário da ANTP em Sorocaba serve para reforçar o intercâmbio e as trocas entre velhos conhecidos e ajudar a informar e formar novos planejadores e promotores da bicicleta.

Durante o primeiro dia as reflexões começaram pelo que já foi feito e será feito na cidade de Sorocaba. O prefeito Vitor Lippi, um médico, deu os motivos que achou válido para promover o uso das bicicletas e o incentivo as viagens a pé na cidade.

Valorizar um estilo da vida saudável é o melhor programa de saúde para a cidade. Cidadãos que se exercitam regularmente oneram menos o poder público com a menor necessidade por tratamentos hospitalares, remédios e atendimentos médicos em geral. O administrador precisa acima de tudo pensar na saúde dos cidadãos e não focar só no tratamento de doenças.

A bicicleta se insere facilmente no ideal de cidades mais saudáveis. Ela também cabe na pasta de esporte e lazer, na de transportes, na de meio ambiente e somando os efeitos, os benefícios se alastram para a área da saúde.

Em Sorocaba as ciclovias se somam as pistas de caminhada e a essa infraestrutura se somam passeios regulares de bicicleta e grupos de caminhada. O trânsito para uma cidade tem de ser encarado cada dia mais como um dos componentes. O ir e vir tem grande importância, mas se apenas o tráfego motorizado for levado em consideração a cidade perde qualidade de vida a cada dia. Já uma cidade que encara o ir e vir como uma necessidade humana e insere todos os tipos de deslocamentos torna-se pouco a pouco mais saudável e por consequencia, um lugar melhor para seus habitantes.

Sacode Ossos

Um Pouco de história segundo a Escola de Bicicleta:

James Starley, um apaixonado por máquinas, decidiu repensar o biciclo e criou um modelo completamente diferente.

Tinha construção em aço, com roda raiada, pneus em borracha maciça e um sistema de freios inovador. Sua grande roda dianteira, de 50 polegadas ou aproximadamente 125 cm, fazia dela a máquina de propulsão humana mais rápida até então fabricada.

Isso foi nos idos de 1868 e essas velozes máquinas fizeram sucesso sacudindo os ossos dos homens ricos que podiam pagar oito libras pelas excêntricas “Big Wheels”. O preço era equivalente a mais ou menos 6 meses de salário de um operário inglês da época.

Na Austrália intépridos ciclistas ainda competem nesses inseguros veículos de duas rodas.

Via: Ecovelo

Desafios Auto Impostos

Um cano cortado ao meio onde se realizam manobras de skate. O termo em inglês half-pipe evoca uma modalidade esportiva que ganhou notoriedade e ajudou a popularizar a cultura das “pranchas sobre rodas”.

Hoje atletas do skate são conhecidos ao redor do mundo e em um festival de rock realizado em São Paulo a pequena prancha e seus artistas estavam presentes na condição de astros. “Palcos” exclusivos em uma disputa de igual para igual com os músicos pela atenção do público.

No half pipe música alta e um locutor era tudo que se ouvia. A ação e os olhares do público estavam centrados na pista onde os skatistas se lançavam sem medo em vôos cada vez mais altos. A meta subia em relação a borda. Primeiro 1,80 depois 2,40 e assim até os 4 metros. Aos poucos o número de atletas que superava as marcas diminuía. Até que apenas Sandro Dias (ou Mineirinho) foi capaz dos 3,60 m. Incitado pelo público Sandro levantou a marca. Todos pediram 4 metros, o atleta foi prudente e tentou primeiro 3,80 m. Superada mais essa marca, era a hora de agradar aos fãs.

Ao contrário da maioria dos atletas, Sandro não descia do Canion, uma rampa elevada que ajuda o atleta a ganhar velocidade, o Mineirinho descia a rampa da parte mais baixa e fazia pequenos saltos para ganhar velocidade. Assim foi mais uma vez na tentativa para os 4 metros. Pequenos vôos velozes que culminaram com o salto visando a marca imposta apenas pelo atleta e o público.

No momento exato Sandro usa as duas mãos para gentilmente levar o skate além dos 4 metros. Delírio do público.