Bicicleta para Levar nos Braços


Pouco a pouco termino o trabalho
e relaxo pouco a pouco.
Pouco a pouco fico triste
e pouco a pouco supero.
Pouco a pouco de bicicleta,
pouco a pouco pedalo.

Pouco a pouco, pelas bordas
pouco a pouco com uma aro 20.


Vídeo gravado no parque do Ibirapuera e na Praça do Por do Sol em São Paulo. Para saber mais sobre as dobráveis Dahon, visite dahon.com.br

Tudo que a Bicicleta pode Ser

Uma bicicleta é 4 vezes mais rápida do que caminhar. Pode-se levar muito mais carga com menos esforço. Pacientes podem ser levados aos médicos e médicos irem até seus pacientes. Crianças vão aprender e professores ensinar, pedalando. Trabalhadores chegam aos seus empregos e empresários transportam cargas e expandem seus serviços.

Pela simplicidade e baixo custo a bicicleta é a ferramenta perfeita para a promoção a qualidade de vida nos lugares mais pobres do planeta. Para atender a essa demanda, uma empresa de alimentos canadense concebeu a “Volta” que é também o nome de um rio que deságua no Golfo de Guiné. Rio batizado por comerciantes de ouro portugueses que “compraram” o metal e voltam pelo rio. O nome é perfeito para designar a contrapartida necessária a África. Um continente inteiro que forneceu riquezas aos países ricos num fluxo de mão única.

Uma bicicleta não é capaz de resolver os problemas e desigualdades no mundo. Mas nos lugares mais pobres, uma bicicleta é muito mais do que apenas uma bicicleta.

Assistam ao vídeo da Campanha “Bike Factory”.

As legendas dizem:

– uma caminhonete de entregas
– uma Ambulância
– um caminhão pipa
– um ônibus escolar
– na África uma bicicleta
– é muito mais que apenas
– uma bicicleta

A Revolução Será Pedalada

Uma revolução está a caminho. Cada bicicleta que ganha as ruas, deixa para trás a poeira, a escuridão das garagens. Toda bicicleta que gira e faz do ar estático vento no rosto de quem pedala é o sinal da mudança em curso. Cada caixa de papelão deixada para trás faz eco a liberdade do novo ciclista.

O elo da corrente que puxa a catraca por mais um dente faz o som do mundo que muda. A sineta tocada traz consigo as boas novas em movimento. O pedal empurrado levanta seu oposto e gera o círculo virtuoso da mudança. As rodas que giram levam em cada selim as mulheres e os homens do futuro. A revolução acontece a cada pedalada.

“Seja pela tendência estética ou pela mensagem ambientalista, as bicicletas como meio de transporte trazem consigo um estilo de vida e um discurso que irá mudar a cara da indústria (de bicicleta).”

A constatação acima foi publicada na revista Bicycle Retailer – Transportation Bikes Take Flight at Retail. A matéria mostra que a aceitação das bicicletas para transporte no mercado tem sido cada vez maior. E o aumento de vendas se traduz na criação de uma nova marca pela Specialized, na aquisição da pequena Breezer pela tradicional Fuji ou na Raleigh que deixou de lado as MTB e Speeds e se concentrou nas bicicletas urbanas em 2009.

Mudanças de paradigma demoram para acontecer e são fabricadas aos poucos. Momentos de crise costumam ser também janelas de oportunidade para os que tem mais visão comercial e sabem explorar as possibilidades de um futuro sempre incerto. A indústria mundial de bicicletas cada dia mais tem buscado se antecipar as tendências e jogar de acordo com as novas regras econômicas que estão sendo postas pelas mudanças comportamentais em curso.

Da mesma maneira que durante os anos 1990 as bicicletas todo o terreno revolucionaram o mercado. As bicicletas para transporte representam uma nova tendência comercial e uma revolução comportamental muito maior do que foi o nascimento do esporte Mountain Bike.

– via bikeportland.org

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Amor ao Metal que Ama de Volta

A bicicleta é um conceito que se busca promover, algo que está ali para ser consumido. Promover a bicicleta é algo que cabe dentro da lógica do marketing, a “mercadologia”. Mas aí reside a contradição, muitas vezes nem tudo é está dentro da lógica de compra e venda, do interesse em obter algum lucro através da comercialização de um conceito/idéia, serviço ou produto.

Pedalar pertence mais a esfera do “ser” do que do “ter” é estado de espírito e uma atividade cotidiana, é tão essencial quanto respirar e tão simples quanto colocar um pé a frente do outro. No entanto a vida em simplicidade e a valorização de valores menos mercadológicos para as pessoas e as relações sociais é um conceito que tem sido amplamente promovido. A bicicleta, naturalmente cabe nesse conceito.

Dentro do intuito de promover a bicicleta e seus inúmeros benefícios para o indivíduo e a sociedade, o “Mobilidade Bruxelas” distribuiu sinetas de bicicleta em forma de coração para divulgar o site de incentivo ao uso das magrelas na cidade. Vale a visita para quem é fluente em flamengo e francês.

As razões para que o órgão de trânsito – ou “deslocamentos” como eles chamam – promova a bicicleta são as mais óbvias, diminuiu a pressão sobre todo o sistema de deslocamentos na cidade. Tanto o transporte público quanto o sistema de suporte para o transporte privado se beneficiam pelo maior uso da bicicleta. Nada mais natural portanto que os responsáveis por gerenciar o tráfego em Bruxelas tenha um amor declarado pela bicicleta e acreditem na reciprocidade desse amor.

Caso tivessem a possibilidade, as bicicletas amariam verdadeiramente nossas cidades. Como não pode haver amor entre o metal, a borracha e o asfalto e o concreto, resta ao ciclista ser o maestro e intermediador do cicloamor. Um amor que não se vende e não se compra, apenas ciclicamente, flui.