Comprovado: infraestrutura gera demanda

ciclofaixa-laranjeiras-contagem-01

Contagem realizada pela Transporte Ativo comprova que a infraestrutura cicloviária em implementação em Laranjeiras será um indutor de demanda por mais viagens em bicicleta na região. A ciclovia ainda nem está pronto e o movimento já é grande, vai aumentar muito ainda.

Foram 12 horas de contagem automática, realizada no dia 3 de setembro em trecho já dotado de ciclofaixa. O resultado foi surpreendente, 975 ciclistas, confira o relatório em PDF.

Com as obras da infraestrura cicloviária ainda em andamento o volume de ciclistas foi maior que o encontrado nas contagens realizadas recentemente, com a mesma metodologia, nas já consolidadas ciclofaixas das ruas Figueiredo de Magalhães e Toneleros em Copacabana.

 

grafico-contagens-automaticas_set_2015

A rua das Laranjeiras é grande via principal que liga o Cosme Velho ao Largo do Machado ponto central para quem vem e vai em direção ao Flamengo, Botafogo e Catete. O longo eixo viário Laranjeiras-Cosme Velho concentra todo o tráfego de ônibus, bicicletas, carros, motos e pedestres em um espaço limitado. De acordo com as possibilidades, a infraestrutura em implantação vai da via compartilhada à ciclovia.

No trecho onde foi feita a contagem, a implantação de uma ciclofaixa de mão dupla em substituição as vagas de automóveis transformou a dinâmica da via, facilitando os deslocamentos em bicicleta e aumentando a segurança viária.

ciclofaixa-laranjeiras-contagem-03

O trecho estudado tem uma importante função de conexão, ligando às ciclorotas de Cosme Velho até o terminal de Cosme Velho; à Ciclovia Fluminense (para Botafogo); à ciclofaixa até o Largo de Machado (a ser implantada no próximo mês) e a partir do Largo do Machado conectando à ciclovia de Aterro de Flamengo. Foi apenas a primeira contagem de bicicletas automática feita no local e será repetida após a implantação completa das obras cicloviárias e depois anualmente.

Com a rede completa, aos poucos a tendência é a humanização dos fluxos com o compartilhamento nas vias incentivando a convivência segura entre pessoas, estejam elas na condução de veículos motorizados ou pedalando.

ciclofaixa-laranjeiras-contagem-02

Saiba mais:
Bicicletas e ciclovias, da sala de aula para a rua
Equipamento utilizado para a contagem de ciclistas.
Resultado das outras contagens citadas:

Um contador automático de ciclistas

contador_automatico_de_ciclistas_Copacabana

O levantamento de dados, principalmente o de fluxos de ciclistas é iniciativa preciosa para definir políticas públicas e promover o uso da bicicleta. Em uma parceria com o Banco Itaú, a Transporte Ativo tem seu próprio contador automático e que já está nas ruas.

Copacabana, berço das infraestruturas cariocas para bicicletas

IMG_5167

Pioneira com a Ciclovia da Orla e também com as redes internas de bairros com suas Zonas 30. Primeiras contagens fotográficas, manuais e automáticas da cidade, recebeu os primeiros bike box do Rio e tem a maior frota de bicicletas em serviço do Rio de Janeiro.

Com tantos motivos, a Transporte Ativo iniciou na quinta feira, dia 6 de agosto de 2015, uma série histórica de contagens de ciclistas no bairro, com o objetivo mensurar as mudanças a cada ano a partir de agora. Os dados levantados serão entregues às Secretarias de Transporte, Meio Ambiente, Urbanismo e CET-Rio, permitindo assim uma melhor avaliação da área, para que melhorias e ajustes na infraestrutura cicloviária possam ser efetuadas a cada oportunidade.

Contagem automática Vs. Contagem Manual

IMG_5175

Pelo contador automático passaram 852 ciclistas em 12 horas, uma queda em relação aos totais anteriores. Em 2009 (ainda sem ciclofaixa) foram
1420 ciclistas na esquina das ruas Figueiredo de Magalhães e Nossa Senhora de Copacabana. Destes 1061 na Figueiredo, em dois diferentes quarteirões e o resto seguiu pela Nossa Senhora.

Já em 2013 (com um ano de ciclofaixa) foram 1535 ciclistas no cruzamento sendo 1222 em dois quarteirões da Figueiredo e os demais cruzando pela Nossa Senhora.
Os dois quarteirões citados são: entre Domingos Ferreira e NS Copa e entre NS Copa e Barata Ribeiro (que julgo ser mais movimentado que o anterior)

O total 852 ciclistas contados automaticamente foi coletado em apenas um quarteirão, entre as ruas Domingos Ferreira e Nossa Senhora, além disso, foram computados apenas quem utilizou a ciclofaixa, quem seguiu pela calçada e pelo outro lado da rua, não foi computado ao contrário das contagens manuais.

A diferença portanto é que de maneira automática passamos a contar uma parte do fluxo cicloviário que faz uso de uma infraestrutura. Uma nova técnica requer um novo histórico e assim será, com o contador circulando pela cidade.

O equipamento foi totalmente aprovado, foram 25 minutos pra montagem e 15 pra desmontar. Todo o equipamento cabe em uma maleta e pesa apenas 17kg, mas requer uma bicicleta de carga para ser transportado, dadas suas dimensões.

Saiba mais:

Relatório completo da contagem automática de ciclistas na rua Figueiredo de Magalhães em Copacabana

A bicicleta segue o rumo do seu próprio coração

  

A Transporte Ativo juntamente com as organizações locais, Grupo Charlas Urbanas e Grupo Trilha Aventura, realizou nos meses de maio e abril duas contagens de fluxo de ciclistas na cidade de Alegrete, no Rio Grande do Sul. Foram as primeiras contagens realizadas numa cidade pequena e a primeira em território gaúcho.

Localizada na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, é o maior município em extensão territorial do estado.

Na primeira contagem o local escolhido foi a Ponte Borges de Medeiros, localizada sobre o Rio Ibirapuitã, única ligação da Zona Leste da cidade com a região Central. Já na segunda contagem, o local escolhido foi a Praça do Bebedouro localizada na Av. Marechal Rondon. Local onde será implantada infraestrutura exclusiva para ciclistas, afim de realizar nova contagem comparativa que permita observar o impacto da mesma no futuro.

Nos dias 6 de maio e 17 de junho, datas das contagens, fazia muito frio na cidade fronteiriça de Alegrete.

Na primeira foram contabilizadas mais 1600 viagens em bicicleta em 12 horas. Apesar de já ter uma expectativa de que seria grande o fluxo de ciclistas na ponte, os números foram surpreendentes.

 Já na segunda contagem os números foram mais singelos, 309 ciclistas passaram pelo local, mas não menos significativos. Pois, apesar da Avenida Marechal Rondon ter uma localização estratégica, nas proximidades da mesma é possível encontrar diversas vias como opção de caminho. Algumas mais planas e outras com pavimentação de melhor qualidade do que a via observada.

Ainda na segunda contagem, observou-se um aumento no percentual de mulheres utilizando a bicicleta em relação a primeira.

Para saber mais acesse os relatórios disponíveis em nosso site:

Primeira Contagem de Ciclistas do Alegrete

Segunda Contagem de Ciclistas do Alegrete

O melhor da promoção ao uso da bicicleta

guidao-quadro-bicicleta-horizontal

Valorizar o que tem sido feito em prol da bicicleta, somar às iniciativas e qualificar organizações e pessoas essa é a história e a missão do III Workshop e do II Prêmio “A Promoção da Mobilidade por Bicicleta no Brasil”. Foram 39 inscritos vindos de 18 cidades, 13 estados das 5 regiões brasileiras.

As 3 organizações selecionadas para participar do workshop e contar suas histórias foram:
Ciclo Urbano – Aracaju
Pedala Manaus – Manaus
Vá de Bike – São Paulo

Já as premiadas foram:

  • Categoria: Ação educativa e de Sensibilização
    1º Prêmio: Bike Blitz – Ciclo Urbano, Aracaju – SE
    Menções Honrosas:
    Bicicletaria Colaborativa do Mercado Sul, Taguatinga – DF
    Bambú Cicloteca Cabaré do Verbo, Porto Alegre – RS
  • Categoria: Levantamento de dados e pesquisas
    1º Prêmio: Contagens de Bicicletas – Ciclo Urbano, Aracaju – SE
    Menções Honrosas:
    Vitamina Coletiva, São Paulo – SP
    Pesquisa UNESP, Rio Claro – SP
  • Categoria: Empreendimento
    1º Prêmio: KuritiBike, Curitiba – PR
    Menções Honrosas:
    Ecolivery Courrieros, São Paulo – SP
    Ciclofemini, São Paulo – SP

Com 16 inscritos, a categoria “Ação educativa e de Sensibilização” segue como a mais popular, seguida por “Empreendimento” com 10 inscrições. Já “Levantamento de dados e pesquisas”, um aspecto importantíssmo, continua carente de projetos, foram apenas 6, um crescimento em relação às 4 enviadas em 2014, mas ainda demonstra o quanto esse tema ainda precisa evoluir e ganhar o destaque que merece. Afinal, através de dados e pesquisas é possível qualificar o debate com o poder público e sensibilizar a sociedade em geral para o potencial da bicicleta para a melhoria das cidades.

Cabe lembrar que quem quiser participar do Workshop ainda podem se inscrever. Voltado para pessoas e organizações que trabalham prol do uso da bicicleta, o encontro irá tratar de: “Desbravando Novas fronteiras –  como alcançar novos públicos e ampliar o debate sobre a bicicleta na cidade”.

Saiba mais sobre o II Prêmio e o III Workshop A Promoção da Mobilidade por Bicicleta no Brasil – 2015.

O contador automático de bicicletas

contador-de-ciclistas-automatico

Contar ciclistas nas ruas sempre foi um prazer e com as contagens fotográficas passou a ser também um caminho para promover a bicicleta junto ao poder público. Com as fotos para comprovar o fluxo de ciclistas, ficava mais fácil demonstrar aos técnicos da administração municipal o fluxo cicloviário em uma determinada via.

Foi em 2007, durante o Velo-City Munique que conhecemos (e nos apaixonamos) por um aparelho que conta automaticamente o fluxo de bicicletas em um determinado local. Em 2014 fizemos uma parceria com os representantes no Brasil e pudemos testar o funcionamento nas vias de Copacabana. Finalmente em 2015 recebemos como doação do Itaú o contador de bicicletas.

Testado in loco (como mostra a foto deste post), o contador transmite os dados em tempo real via Bluetooth para o notebook. Ou pode simplesmente ficar lacrado na caixa computando ciclistas e mais tarde enviar os dados finais.

Ao conhecer o fluxo de bicicletas em determinadas vias (e ciclovias), será possível entender e mensurar os impactos da infraestrutura cicloviária (ou a falta dela) no número de ciclistas em circulação. Munidos de dados, é sempre mais simples incidir junto à prefeitura do Rio para que possa agir para atender os melhores interesses de quem pedala. O objetivo afinal é valorizar os atuais ciclistas e atrair mais pessoas para optarem pelas magrelas em seus deslocamentos cotidianos.

Saiba mais:

Manual de contagem fotográfica de ciclistas
Contagem automática e fotográfica de ciclistas em Copacabana