Vida em movimento

Talvez por conta das endorfinas, talvez pela sensação de liberdade, a bicicleta atrai o ciclista para pedalar sempre mais. Em nome desse prazer, que passa de pai pra filho, que não se explica bem em palavras, que o canadense Guillaume Blanchet fez esse vídeo acima. A maneira mais literal do que é viver em cima de uma bicicleta.

Bicicletários e equipamentos culturais

Quem pedala também gosta de cultura e usa a bicicleta como meio de transporte para ir até equipamentos de lazer. Atender ao ciclista e recebe-lo já está inclusive previsto na legislação municipal. A lei 14.266/2007 diz que:

Art. 8º Os terminais e estações de transferência do SITP, os edifícios
públicos, as indústrias, escolas, centros de compras, condomínios,
parques e outros locais de grande afluxo de pessoas deverão possuir
locais para estacionamento de bicicletas, bicicletários e paraciclos
como parte da infra-estrutura de apoio a esse modal de transporte.

Mas lei no papel é letra morta e vale sempre à pena ir verificar como o ciclista é recebido. Foi esse o propósito do vídeo que tem Aline Cavalcante (@pedaline) como protagonista.

Mover-se, aprender e comer

Um pouco de inspiração para começar a semana. Em um tradução livre das palavras dos autores do vídeo:

Três amigos vivenciaram diversas partes do mundo, foram 44 dias, 11 países, 18 vôos, mais de 60 mil quilometros, um vulcão em erupção, 2 cameras e quase um terabyte de imagens. Tudo girou ao redor de três conceitos: movimento, aprendizado e comida.

As milhões de visualizações dos vídeos comprovam o sucesso da jornada. A trilogia é composta dos vídeos MOVE, LEARN e EAT, peças publicitárias feitas por encomenda para um site de passagens promocionais australiano.

Bazar de bicicletas a mais

Bazar de Bicicletas

E eis que não sobraram bicicletas encostadas no último Bazar de Bicicletas. Ganharam as ruas e são agora mais bicicletas para que mais pessoas pedalem mais vezes.

Elas já haviam sido pedaladas pelos clientes da Rio Bike Tour, mas estavam paradas há um tempo. Eram muitas e não poderiam ficar largadas para em poeria e tristeza se esvairem aos poucos em um depósito. Alguns ciclistas levaram mais de uma, uns escolheram bem e tiveram os que ficaram sem. Mas agora, cada uma seguirá sua história individualmente não são mais um coletivo de bicicletas que saíam em grupo para passeios organizados.

Agora estão todas circulando pelas ruas do Rio de Janeiro e além.

O Bazar de Bicicleta foi uma parceria da Transporte Ativo, Recicloteca, Rio Bike Tour e All Track.

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Superpoderes Ciclísticos: atingir a velocidade do pensamento

Pausa para o alongamento

Um semáforo vermelho tem um significado especial para o ciclista urbano. Parar a bicicleta é matar a inércia e implica em um gasto extra de energia para recomeçar o movimento. Ciclistas não gostam muito, mas também param no sinal fechado. Para a moça da foto acima, é oportunidade de alongar a perna, mas é também vontade de manter-se flutando, sem tocar o chão. Mas pode ser muito mais.

Depois de uma ladeira, grande ou pequena, aquela luz vermelha é uma pausa. Momento de sentir o coração bater mais forte e ter a certeza de estar vivo. É sentir o poder do próprio corpo que requer grande esforço para manter-nos. No semáforo, o peito pulsa e na pausa merecida, dá para abrir o pulmão e inspirar um pouco mais forte o ar. Quando o sinal está fechado, dá para pensar no caminho, ouvir a rua ou definir o que preparar para o jantar.

No entanto, tem vezes em que a luz nunca fica vermelha. Aí dá para seguir constante com pensamentos cotidianos ou traçando planos para o resto da vida. Tendo como brinde a brisa e o vento, sentido nos braços ou nos cabelos que esvoaçam.

Mesmo parado em um semáforo vermelho, o ciclista está sempre na velocidade dos seus pensamentos e em movimento é capaz de quase alcançar o que pensa. Talvez seja pela invisibilidade da bicicleta que vira apêndice e integra-se ao corpo. Quem sabe até, o ciclista seja capaz de atingir a velocidade do pensamento, simplesmente por trafegar num tempo nem tão veloz que cegue os olhos, nem tão devagar que lhes cause tédio.

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